terça-feira, 25 de outubro de 2011

Tema 2: Habitação Coletiva, Inclusão Social e Direito à Cidade


O projeto de habitação social realizado em dupla pelas alunas Juliana de Freitas e Laís Midori tem como  objetivo promover um espaço pensado não só para ser habitado, mas para atender às necessidades básicas dos moradores do lugar.
Neste complexo, além do conjunto habitacional, agregamos espaço de lazer com parque infantil, ginástica e mini quadra de esportes, creche e posto de saúde.
O terreno em frente ao escolhido localiza-se o Cepal de Campinas, porém está subutilizado, sendo aberto apenas às terças-feiras para feiras de artesanatos. Pensando nisso, e na proposta da prefeitura de Goiânia de utilizar o local como Cais, propusemos a relocação do espaço para feiras no terreno escolhido e na utilização do terreno do Cepal para a construção de um Posto de Saúde e de uma Creche para a utilização dos moradores do conjunto e da vizinhança.
Partido Arquitetônico:
O partido arquitetônico deste projeto se baseia na transição entre o público e o privado, e em faixas de construção intercaladas por verde e/ou convívio. Essas faixas seriam "cortadas" por outra perpendicular, de ligação entre os dois terrenos que serviria de circulação, mas também de convívio. As faixas estariam presentes não só na planta de situação, mas no edifício também.


As varandas no projeto, assim como as áreas verdes internas ao edifício e cobogós, foram utilizadas baseados na transição entre o público e o privado. Essa transição seria feita, então, de maneira suave e levando ao conforto ambiental com a presença de vegetação e das aberturas nas direções norte/sul e leste/oeste que possibilitam maior ventilação no edifício e consequentemente nos apartamentos.

Utilizando-se o conceito da rua como local de encontros, trocas e complementação das moradias, tem-se a rua como expressão de pluralidade de componentes individuais. Assim assentam-se os quatro blocos de forma a priorizar os pedestres e criar espaços de convivência, como uma rua interna. Sendo que a valorização desta rua deve-se a organização dos acessos aos edifícios que induzem a
utilização da rua, e espaços de estar e circulação, que motivam a permanecia como forma de apropriação e não só lugar de passagem. “O conceito da rua de convivência esta baseada na ideia de que os moradores têm algo em comum, que têm expectativas mutuas mesmo que seja apenas porque estão conscientes de que necessitam um do outro”
(Hertzberger, 1999)
Os espaços de convívio tanto internos como externos ao conjunto habitacional, são criados para promover uma maior integração entre os moradores e entre a vizinhança. Assim a rua de conexão entre as quadras e os grandes espaços vazios de convívio e circulação servem como uma extensão comunitária das moradias, de modo que as atividades cotidianas possam ser realizadas ali, assim também como festas e outros eventos sociais. Desta forma é essencial que esse espaço seja flexível a vários usos e abrigar situações de mudanças, acima disso não propor um uso definitivo significa um incentivo para que os usuários influenciem esse espaço sempre que possível, para afirmar a identidade dos moradores.

As pessoas têm que se identificar com seu espaço de habitar, e para que esse sentimento não se limite só a casa, mas que englobe o conjunto habitacional e as áreas urbanas ao entorno, é necessário dar a esses espaços uma forma tal que a comunidade se sinta pessoalmente responsável por eles, para que cada um contribua a sua maneira com o ambiente. Os espaços têm que oferecer oportunidades para que as pessoas deixem suas marcas e identificações pessoais, que possa ser apropriado e anexado por todos como um lugar que realmente lhes pertença.


Forma:
A forma simples surgiu a partir de um paralelepípedo onde foram subtraídos elementos onde seriam inseridos a vegetação e o acesso principal. Em seguida adicionado um outro paralelepípedo menor, onde seriam as sacadas do pavimento tipo. A forma mais reta favorece à economia de custos, que neste projeto deve ser levado em total consideração.






Programa:


















Construção:
Quanto aos aspectos construtivos, o edifício habitacional seria composto basicamente de concreto arnado com as faixas de vidro nas janelas e madeira de demolição. Os materiais utilizados foram pensados na economia de custos, além da estética.

Cortes, vistas, custo e vídeo:




2 comentários:

Obrigado por partilhar seu post em que pode-se notar muita ordem em organizar cada detalhe para tornar ele aconchegante e acolhedor em traço traço ou mesmo em cada cor e alia isto um belo vídeo em complemento do mesmo teor, valeu!

Muito obrigada!
Eu que agradeço por visitar o blog e pelo elogio.

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